terça-feira, 21 de novembro de 2017

Castanhas e Festa em Tarde de Outono

Por: António da Conceição Pinto

Viveu-se uma bela tarde de festa e alegria, no passado Sábado 18 de Novembro, com o magusto anual organizado em Lisboa pelos delegados regionais da Associação dos Antigos Alunos do Verbo Divino (AAVD). O encontro deu-se, como é hábito, na casa SVD de Lisboa e o amplo salão chegou a abarrotar de gente, sobretudo com antigos alunos verbitas e seus familiares, mas também com membros da nossa Congregação (padres Joaquim, Coutinho e Pradeep), e vários amigos de uns e outros. Sempre patentes os sinais de harmonia, amizade e solidariedade que nos unem. E depois, ao fim da tarde, lá chegou a animação puxada especialmente pelo José Freire e a sua concertina, acompanhado ainda pela panóplia de instrumentos que previamente distribuíra pelos que o rodeavam. A dirigir as cantorias, como é fácil adivinhar, lá esteve o António Registo. A cantoria e a dança contagiaram particularmente as quatro crianças, netas de verbitas, com a sua graça genuína.

Foram chegando individualmente ou em grupo, e após cumprimentarem quem já estava, formaram núcleos de convívio, rodando para encetar conversa com outros conhecidos.

O salão estava preparado para acolher quem ia chegando e alinhar na mesa grande as iguarias, bolos e bebidas, que cada um trouxe para depois todos partilharmos em conjunto. Já as castanhas, o prato de resistência do dia, essas há muito estavam a ser assadas, tal como o grelhador estava a funcionar em pleno preparando febras, entremeadas e chouriços que iam chegando à mesa para consumir antes de arrefecer.

Apesar de o ano não ser da melhor produção, devido à seca, as castanhas estavam boas: vinham em terrinas, tapadas por um pano, para se conservarem quentes!

Estaladiças, era só debulhar e saborear. Quanto à jeropiga, um elemento essencial à função do dia, essa chegou em abundância, de colheitas particulares, pois foram muitos a trazer! De futuro, será de pensar um concurso… para escolher a melhor!

O grupo reunia 66 participantes, portanto algo acima da habitual meia centena, igualando os melhores registos de há seis anos. No tocante a antigos alunos manteve-se à volta dos trinta, mas desta vez estiveram muito mais familiares e amigos.

Assinale-se que o Presidente da associação, Eduardo Moutinho, veio do Porto para estar com os antigos alunos da Zona Sul. A sua esposa Mª José festejou o aniversário com bolo de velas e champanhe, tendo os presentes cantado parabéns, referindo ela nunca ter celebrado com um grupo tão grande. De Castelo Branco veio o simpático casal José Januário e Sylvie.

Fez-se o sorteio das rifas para uma garrafa de bebida de alta qualidade, cuja receita reverteu para as missões.

A artista Lia Paulino, esposa do Daniel Reis, entregou ao Pe. Joaquim Domingos uma pintura da sua autoria, para ser colocado em Fátima ou Lisboa, conforme decisão do Superior Provincial da SVD em Portugal.

Há a assinalar a presença de dois estreantes nestas andanças, o António Gama e Virgílio Fernandes, que foram recebidos pelos antigos alunos com gáudio.

Então e os ausentes fizeram falta, perguntará quem está a ler estas linhas e não esteve lá! Pois é, de facto foram à volta de 25 ex-alunos contactados e que justificarem a sua ausência: por afazeres, festas familiares, vinda de amigos, estarem fora até do país, ou por doença. Será de ponderar a divulgação da data com maior antecedência, para permitir o agendamento. Reconheço que fizeram falta, pois cada um tem o seu lugar com as suas características próprias que ninguém consegue substituir. Permitam-me que realce, que o Vítor Baptista e o Óscar Mota, quando vêm, trazem consigo um grupo de amigos, fazendo disparar o número de participantes. Mas, a vida não pára… e a festa faz-se com quem está!

Na logística estiveram os delegados: Aníbal nos grelhados e Vicente nas castanhas, o Pinto na contabilidade, a fornecer as mesas a Olívia e a Luísa, com o Messias a reforçar a equipa. Ao reitor da casa, representado pelo Pe. Pradeep, agradece-se o acolhimento.

E, agora, até à próxima!




António Gama e Virgílio Fernandes

PRESENÇAS:
Albertino Antunes e Glória
Aníbal Marques
António Dias Gama
Antº Paulos, Luna e 5 fam/amgos
António Registo
António Reis e Josefina
António Pinto, Olívia e casal amigo
António Rui Barata
Antº Vicente Almeida e Luísa
Arlindo Santos
Daniel Reis e Lia
Eduardo Rego
Eduardo Moutinho Santos e Mª José
Francisco Jerónimo
Francisco Magueijo e Mª Jesus
Henrique Nunes
João Carlos Balão
Joaq Bernardo Corte (Parente)
Joaquim Bernardo Monteiro
Joaquim José Corista e Isabel
José Carlos T Martins e Júlia
José Freire e amigo
José Januário e Sylvie (de C. Branco)
José Magalhães
José Morgado e filho Pedro
José Quelhas e Gorete
Manuel Nobre
Manuel Peres Sanches
Messias, esposa, 6 fam/amigos 2 netos
Nicolau Marques
Virgílio dos Santos Fernandes (novo)
Pe. Joaquim Domingos Luís
Pe. Carlos Coutinho
Pe. Pradeep
TOTAL: 66 pessoas: sendo 31 AA, 13 esposas, 15 fam/amigos, 4 crianças e 3 Padres

sábado, 14 de outubro de 2017

Encontro do Tortosendo 28 de Outubro

Saudações Verbitas,

Mais uma vez vai ter lugar no dia 28 de Outubro mais um encontro dos antigos alunos do SVD - Tortosendo. Dado a data o evento se estar a aproximar, a passos largos, a Comissão Organizadora, agradece efectuem a Vossa inscrição o mais breve que Vos seja possível, pois por uma questão de logística necessitamos ter uma ideia dos participantes, com a maior brevidade possível.
 

À semelhança dos anos anteriores o plano de actividades será o seguinte.:

 

 - 10,00 h Concentração no átrio da entrada

 - 11,30 h Ensaio dos cânticos litúrgicos 

 - 12,00 h Missa com a participação de coro dos antigos alunos

 - 12,50 h Foto de grupo nas escadas da capela 

 - 13,00 h Almoço, seguido de convívio com artistas da "casa"

 - 17,00 h Magusto, lanche e continuação das "cantorias" 

 

Agradecemos confirmação, de preferência por esta mesma via, o mais breve possível para os seguintes contactos.:

 

Comissão para este ano, 2017:

Adriano António Matias Mendes - adriano.mendes@saneabi.pt - 272 327 318 - 932 756 043

André de Jesus Gonçalves - ango@netvisao.pt - 965 527 435

Emílio Barroso (Milo) - milo.barroso@hotmail.com - 271 082 653 - 962 879 278

Ismael Reis - ismael@ismaelreis.com - 272 328 928 - 936 611 978

Joaquim Lourenço Brázia - robinil@robinil.com - 966 579 546

José Alberto Gonçalves (Trigais) - jalberto@ubi.pt - 275 086 967 - 962 620 289

José Carlos Proença Costa - dacosta.eng@gmail.com - 917 601 571 

Leonel Feteiro Francisco - abfrexes@sapo.pt - 967 634 729

Obrigado desde já pela Vossa colaboração e possível presença.

 

Abraço,

A Comissão

segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Em honra e louvor do meu amigo Jorge Miguel



Texto: Daniel Reis

Há um bom par de anos, estava eu a banhos em Monte Gordo, soube que a equipa de marcha atlética do Clube de Natação de Rio Maior estagiava em Vile Real de Santo António, em preparação para um campeonato qualquer, nalgum sítio deste nosso vasto mundo. Nesse tempo, a primeira figura da equipa era a sobejamente conhecida Susana Feitor. Campeoníssima, diga-se, por cá e lá por fora. E como há muito tempo, muito mesmo, não via o seu treinador Jorge Miguel, lá acordámos um encontro em esplanada vizinha só para pormos a conversa em dia.


Bebido o primeiro café, avancei logo destemido. «Quero que saibas, que eu bem sei quanto o Atletismo te deve e que te considero o verdadeiro pai da marcha em Portugal. E, por isso, é urgente que me digas quando é que fazemos uma entrevista a sério e uma história da tua vida para publicar no Jornal do Fundão, pois já se faz tarde e tu mereces tudo».

Treinador Jorge Miguel
Isto dito, a resposta dele desarmou-me:
«E eu quero que saibas, que o culpado és tu».
Recordou, então, o bom do Jorge Miguel, os dois ou três anos em que convivemos na escola primária de Bogas de Cima, a nossa comum terra natal, ele uns dois anos mais novo que eu e que o seu irmão João, já falecido, e então meu parceiro de turma e de aventuras. Acresce que os nossos pais tinham trabalhado juntos nas Minas da Panasqueira e, juntos também, tinham sido despedidos, porque já não rendiam o que se exigia a um mineiro de pleno, ambos com os pulmões queimados pela silicose, ainda antes do meio século de vida.

«Recordas-te», perguntou ele, »dos jogos de futebol que organizavas e das três curtas pistas que juntos marcávamos no pátio da escola, para corridas de velocidade, ou as voltas inteiras à escola que muitos de nós faziam, a imitar as verdadeiras corridas de meio-fundo? Pois foi aí que tudo nasceu».
Além de atarantado, confessei-lhe que dos jogos de futebol (eu era o guarda-redes, defendia e relatava em simultâneo: ‘defende Carlos Gomes’) me recordava, sim; mas já não me lembravam, quase nada, as tais primitivas pistas, uma ou outra vez experimentadas.

Ouvi, porém, incrédulo e deliciado, a ideia que ele guardava desses tempos e a opinião de que eu era um obstinado na insistência para todos praticarem desporto …e serem do Sporting! E não é que ele seguiu à risca esses conselhos, não falhando nenhum dos dois objetivos, pela vida fora?

Inês Henriques, recordista mundial dos 50Km marcha!
Não me alongo, para saltar já à atualidade deste fim de semana e para me juntar ao coro dos que excelsam agora o meu querido amigo Jorge e a sua pupila Inês Henriques, que ele treina há mais de duas dezenas de anos e que acaba de se sagrar campeã do mundo e com o record mundial dos 50 km marcha. Ainda por cima e pela primeira vez na história dos mundiais, a medalha de ouro atribuída aos atletas foi este ano, também, entregue aos seus treinadores. É obra e é chave de ouro para a carreira de um homem, que se fez por si próprio um mestre exemplar de desportistas e confirmou agora o lugar mais alto do podium, entre os cimaboguenses de eleição.

Bravo, Jorge Miguel, o meu amigo ‘Jorge da Lomba das Vinhas’.

Antes que me esqueça, apelo daqui aos meus amigos do Jornal do Fundão para enviarem, o mais pronto possível uma equipa de reportagem a Rio Maior, para documentarem a preceito no nosso jornal esta emérita figura, que tanto honra os fundanenses.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

No 8º aniversário do SABOR DA BEIRA

Meia dúzia de linhas para embrulhar fotos


Exclusivamente a benefício de memória futura, cumpre-me registar aqui que o 8º aniversário do blog «Sabor da Beira» se comemorou ao jantar do dia 27 de Janeiro de 2017 -- mais ou menos a data da praxe -- na Valenciana de Campolide (Lisboa), com os 29 comensais constantes da lista anexa.
Isto escrito e conferidas as datas, de certo ocorre a pergunta: «Só agora?».
«Pois!», responderá o autor da meia dúzia destas linhas, também retorquindo com a pergunta enfática: «Porquê antes?... se é que se justifica notícia do evento».
Vejam só, caros amigos que não participaram na morna festa. O jantar, só por si, dificilmente justificaria uma deslocação à noite, a Campolide. Ainda por cima, até a garoupa, que tanto nos tem entusiasmado noutras ocasiões, pareceu ter envelhecido, apresentando-se mais seca e gasta.
«Ah, mas deve ter sido belo o convívio, pois essa é a mais-valia corrente das nossas jantaradas», dir-me-ão, quiçá lamentando-se pela ausência.
Desculpem se os desiludo, caros amigos, mas ou foi da minha ocasional estranheza ou a temperatura dessa habitual convivialidade baixou bastante. A mim, pelo menos, pareceu-me tudo mais frio, provocando da parte de vários presentes o óbvio comentário, em tom de lamentação: «Que saudades do Hotel Olyssipo!». E a estranha disposição das mesas mais acentuou a frieza e distanciou uns dos outros. Deu apenas para conversar com quem estava à frente ou logo ao lado, assim a modos de conversa em família no dia a dia da sala de jantar de cada qual. A mim tocou-se a mesa do canto e, não fora a calorosa proximidade do Artur e do Casimiro e julgar-me-ia a em casa, com a Lia, a minha irmã Lúcia e a Raquel. Estava-se bem, mas para isso não era necessário ir a Campolide, em noite agreste. Não sei se outros grupinhos, em função do alinhamento das mesas, terão sentido o mesmo desconforto. Mas eu não gostei.

Queriam poesia
ou romance de cordel?
Depois, faltaram alguns dos que nunca passam despercebidos, como o Fernando  Carvalho, ausente por motivos familiares, ou o António Pinto, que alegou gripe mas ficou em casa a poupar-se para na manhã seguinte cedo erguer e rumar a Fátima, no seu papel de reporter do Lux Mundi. Além de vários outros. E, sabem que mais? Até os nossos bem amados Beata Tempora me pareceram estranhos. É que andam a ensaiar umas coisas belíssimas dos Beatles, mas ainda as têm um bocado cruas para no-las poderem servir a preceito.
Resulta de tudo isto que, quem não foi e pretenderia saber como decorreu o jantar, não perdeu muito por não lhe ter sido fornecida esta «não notícia» mais cedo. Se é que algum desses vai ao blog ver o que quer que seja, ou ao menos conferir se passa por lá algo de novo. Já para quem participou na comemoração do nosso aniversário, esperava o quê de novo ou diferente no relato da jantarada? Poesia? Literatura avulsa? Ou romance de cordel? Francamente, não sei e declaro-me incapaz de tais ousadias literárias.
Sei, sim, que ao menos a meia dúzia de fotos que eu tenho (diferentes porventura das dúzias que cada um de nós tirou), justificavam meia dúzia de linhas para as embrulhar, nestas páginas da blogosfera que ficam mais tempo no ar. É o que acabo de produzir: meia dúzia de linhas para embrulhar as fotos. Nada mais.

PS. À saída do jantar, alguém me perguntou se eu continuava a não fazer «nem a ponta de um corno». Respondi-lhe que «sim, cada vez mais convictamente». Mas só depois me lembrei do compromisso assumido com o António Casimiro, o organizador de serviço à coisa, para escrever algo no blog. Uma chatice. E se ele me lembrou…duas vezes!
A coisa foi andando, a vontade de escrever sobre comes e bebes (mesmo estes, especialíssimos…) sempre nenhuma, até que recebo um mail do Pinto, intimidatório e que reproduzo
«Caro Daniel: O jantar do Sabor da Beira já foi há 15 dias... Então, há crónica ou estás retraído com o frio?!  O pessoal está à espera... ou será que o Blog já era? A última notícia saida foi em 31/03/2016, sobre o livro do Freire... há tanto tempo!! Antes um artigo sobre o 7º aniversário, a 25 Janº 2016, da parceria Pinto - Daniel Reis! Só... 2 artigos em 1 ano é muito pouco!!! OU se inverte a situação OU o Blog declara falência...».
Face a tudo isto, ia lá eu desobedecer a uma ordem tão vincada, como a do meu particularíssimo amigo António C. Pinto? Não podia, ainda que tenha correspondido, apenas e só, com meia dúzia de linha para embrulhar fotos.

Daniel Reis