domingo, 19 de setembro de 2010

Faz-me bem a felicidade dos outros


Ela é mesmo uma exigência da minha própria. Ela torna-me mais liberto, positivo, leve, sereno, paciente e sensível.
Há dias encontrei o Tiago, meu antigo aluno, que sofre de uma doença crónica. Encontrei-o bem melhor do que de outras vezes. Fez-me bem vê-lo assim. Com  ar e ânimo diferentes, acompanhados de brilho nos olhos.
Mas felicidade é o quê? As vezes que nos perguntamos são em igual número ao das respostas que não encontramos. Atrevo-me a trazer uma comparação para ajudar. Felicidade é como fazer cócegas nos pés e rir com o gozo.
A angústia e a dor dos outros também me angustia e me faz sofrer.
Assim: ajudemos, pelo menos, uma pessoa a ser mais feliz. E isso far-nos-á bem e pessoas melhores. Afastemos a ideia peregrina de podermos ajudar todos os que precisam, pois ela é daninha para o nosso equilíbrio e tolhe-nos os movimentos físicos e as operações mentais. Acabando por se tornar contraproducente, pois muitas vezes acabamos por nos agarrar a ela para nos desculpabilizarmos do nosso “fare niente”.
O meu amigo, Cornélio Kila, um holandês de coração enorme, costumava dizer-me: “josé, deus não nos pede que façamos tudo, mas que façamos o que nos for possível (o facto de não podermos fazer tudo não nos dispensa, porém, de fazer a nossa parte, como alguns pensam) e deixemos também algo para os outros”.
Deixemos as lamúrias que nos envinagram a vida, abracemos as alegrias que vão surgindo e ajudemos outras a nascer... Jj-a

Sem comentários:

Enviar um comentário

O seu comentário é muito importante.
Obrigado